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Valdete da Macena Pardinho, http://lattes.cnpq.br/3834961987179120, mestra em Ciências e Práticas Educativas, professora aposentada da rede Estadual do Estado de Minas Gerais, educação básica; e professora ativa na Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Campus X em Teixeira de Freitas há 16 anos. Sensibilizada e motivada por um grupo de alunos e pelo colegiado de Letras deste campus, organizei um curso permanente de extensão, com a colaboração de alguns colegas, com o intuito de estudar e discutir o dialeto padrão da Língua Portuguesa, numa visão interacionista da linguagem, compreendendo que a norma padrão deva ser estudada e conhecida sistematicamente, já que é a variante de prestígio nos textos que circulam em nossa sociedade e especialmente os do domínio acadêmico. Portanto, sabendo que esta variante não perpassa pelo currículo de Letras na UNEB, este curso visa preencher esta lacuna e aqui o divulgamos e socializamos parte de nossas atividades; este espaço é um instrumento a mais de interação aos interessados em estudar o dialeto de prestígio de nossa sociedade, numa atitude de total respeito ao nosso dialeto de uso: a norma culta.

domingo, 10 de abril de 2011

Reforma Ortográfica: Hífen - Prefixação

REFORMA ORTOGRÁFICA: Hífen - prefixação
O caso dos prefixos e falsos prefixos         
O uso do hífen é o mais complexo e controverso item do Acordo Ortográfico. Somente ficará totalmente esclarecido com a publicação do Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), que é o documento oficial da Academia Brasileira de Letras, previsto para março.
COM PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS
PREFIXOS
OU FALSOS
PREFIXOS
REGRAS
EXEMPLOS
OBSERVAÇÕES;
SAIBA MAIS
Vogais iguais
1. Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento juntam-se com a mesma vogal.
anti-ibérico,
auto-organização,
contra-almirante,
infra-axilar,
micro-ondas,
neo-ortodoxo,
sobre-elevação,
anti-inflamatório.
Mas os prefixos co, pro, pre, re se juntam ao segundo elemento, ainda que este inicie pelas vogais o ou e: coocupar, coorganizar, coautor, coirmão, cooperar, preenchimento, preexistir, preestabelecer, proeminente, propor reeducação, reeleição, reescrita.
Vogais diferentes
2. Não se usa o hífen quando os elementos se unem com vogais diferentes.
autoescola, autoajuda, autoafirmação, semiaberto, semiárido, semiobscuridade, contraordem, contraindicação, extraoficial, neoexpressionista, intraocular, semiaberto, semiárido.

Consoantes iguais
3. Usa-se o hífen se a consoante do final do prefixo for igual à do início do segundo elemento.
inter-racial,
super-revista,
hiper-raquítico,
sub-brigadeiro.

Se o segundo elemento começa com s, r.
4. Não há hífen quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso, duplicam-se as consoantes.
antirreligioso, minissaia, ultrassecreto, ultrassom.
Porém, coforme a regra anterior, com prefixos hiper, inter, super, deve-se manter o hífen:
hiper-realista,
inter-racial,
super-racional,
super-resistente
.
Se o segundo elemento começa com m, n, com vogais e h, m, n.
5. Usa-se o hífen: se o primeiro elemento, terminado em m ou n, unir-se com vogais h, m ou n.
circum-murado,
circum-navegação,
pan-hispânico,
pan-africano,
pan-americano.

Ex, sota, soto, vice
6. Usa-se hífen com os prefixos: ex, sota, soto, vice.
ex-almirante,
ex-presidente,
sota-piloto,
soto-pôr,
vice-almirante,
vice-rei.
Escreva, porém, sobrepor.
Pré, pós, pró
7. Usa-se hífen com os prefixos pré, pós, pró (tônicos e acentuados com autonomia).
pré-escolar,
pré-nupcial,
pós-graduação,
pós-tônico,
pós-cirúrgico,
pró-reitor,
pró-ativo,
pós-auricular.
Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: predeterminado, pressupor, pospor, propor.
O prefixo termina em vogal ou r e b e o segundo elemento se inicia com h.
8. Usa-se o hífen quando o prefixo termina em r, b ou vogais e o segundo elemento começa com h.
anti-herói,
inter-hemisférico,
sub-humano,
anti-hemorrágico,
bio-histórico,
super-homem,
giga-hertz,
poli-hidratação,
geo-história.
A) Mas as grafias consagradas serão mantidas: reidratar, desumano, inábil, reabituar, reabilitar, reaver.
B) Se houver perda do som da vogal final, prefere-se não usar hífen e eliminar o h:
cloridrato (cloro+hidrato), clorídrico (cloro+hídrico) .
C) Ainda não há consenso sobre o uso do prefixo co seguido de h. Os registros variam:

co-herdeiro,
coerdeiro;
co-herdar,
coerdar
.
Sufixos de origem tupi
9. Usa-se o hífen com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige distinção dos elementos.
Anajá-mirim,
Ceará-mirim,
capim-açu,
andá-açu,
amoré-guaçu.

Este quadro está apoiado nas obras:
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008.
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008.
GOMES, Francisco Álvaro. O acordo ortográfico. Porto, Porto Editora, 2008.


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